quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Recesso!!!


Saudações a todos!

Gostaria de notificar que neste sexta feira, dia 16 de dezembro, mudaremos para uma nova casa! Infelizmente a Companhia Telefônica não dispõe de capacidade operacional para migrar o serviço de banda larga com a mesma rapidez que migrará a linha, deixando-nos sem acesso à Internet por um prazo um pouco maior! Em decorrência disto, passaremos por um período sem novas postagens sobre o livro "#Vazio"!

Aproveitem este tempo para curtir a página https://www.facebook.com/NovoEscritos e responder à enquete:


Desde já, agradeço pela compreensão e paciência!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

#Vazio - A Fome das Sombras (6)


Valdomiro não se ofendeu, pois embora não tenha entendido parte das palavras do gigante, compreendia que nada guardava antes mesmo que tal conversa tivesse acontecido. Gostava da imponência do nome, mas não pretendia convertê-lo em ação. Mesmo sendo um homem simples em relação às palavras, não era simples em seu espírito, pois nunca deixava escapar, qualquer que fosse a circunstância, o que era realmente digno de nota.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

#Vazio - A Fome das Sombras (5)


Enquanto concluía a última frase, o homem que falava do abismo ergueu-se, caminhando em direção aos dois que lhe eram estranhos. Parecia erguer-se sobre eles como uma onda, pois sua estatura era desconcertante. O homem trajava um grande manto que mais parecia um cobertor jogado sobre seu corpo. Era magro e calvo, com o maxilar desenvolvido de forma desproporcional ao restante da cabeça. Andava com dificuldade, apoiando-se sobre um pesado pedaço de madeira que utilizava como cajado. A estatura do homem, que beirava os três metros de altura, fazia Marcus pensar se não seria aquele cajado o tronco inteiro de uma árvore, arrancado de suas raízes com um só golpe e esvaziado de seus galhos com o segundo. Apesar da dificuldade em caminhar, não aparentava idade.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Por um espaço cada vez melhor!!!

Boa tarde para você que acompanha o livro "#Vazio"!

Gostaria de solicitar sua ajuda para tornar este espaço cada vez melhor!

Para tanto, não solicito nenhum tipo de assinatura, tampouco auxílio financeiro! Basta visitar, no Facebook, a página https://www.facebook.com/NovoEscritos e responder à enquete:


Conto com a colaboração de todos!

sábado, 10 de dezembro de 2011

#Vazio - A Fome das Sombras (4)


As especulações sobre nuvens, ventos e chuvas foram abruptamente caladas por um evento igualmente mudo, mas bastante significativo. As setas deixaram de ocorrer, surgindo então no caminho um traçado em forma de cruz. Uma grande linha de quase dois metros fazia o papel dos “braços” estendendo-se no sentido Norte Sul. A outra, de pouco mais de três metros, ia do Leste para o Oeste, com a parte mais longa para este. Ali era, nitidamente, o termo das setas, já que mais nenhuma aparecia até onde a vista alcançava.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

#Vazio - A Fome das Sombras (3)


Temendo que não apenas vento viesse daquela vez, aventuraram-se para além do parapeito da muralha, encontrando um ponto de declive bastante acentuado, mas no qual foram capazes de se manter em nível inferior ao da estrada. Aguardaram alguns minutos. Nenhum ruído se produziu. Sem visão do oceano não foram capazes de assistir o vento se anunciando no horizonte azul, mas ele não tardou em chegar. Com a mesma força das demais ocasiões, soprou ruidoso sobre suas cabeças, levando violentamente ondas de névoa. Soprava com força, mas não trazia qualquer objeto, corpo ou criatura. O vento soprou para o distante Oeste toda a névoa, devolvendo ao mundo o céu azul e a luz imponente do Sol.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

#Vazio - A Fome das Sombras (2)


- Ainda quer ir, mesmo vendo o que veio de lá? Você acha que consegue andar?
- Não temos outro lugar para ir. Se tudo nos empurra para o Oeste, melhor dar um pouco de trabalho, não?
Valdomiro riu. Ajudou o homem ferido a se levantar e esperou que se vestisse. Marcus notou que o guardião também estava ferido, mas bem menos que ele. Tivera um pouco mais de sorte.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

#Vazio - A Fome das Sombras


Tinha plena consciência tanto do objeto ao qual desejava remeter quanto da posse de seu nome, mas naquele momento crucial, o nome se escondida em algum canto de seu espírito. Semanas depois o nome brotou-lhe da alma, como se fosse novo, mas revestido da frustrante certeza de que sempre estivera lá. Lembrou-se da palavra “engrenagem” por conta destes eventos, pois eram análogos ao que experimentava ali, sozinho no escuro. Por um momento sentiu-se possuidor de todos os mistérios, conhecedor da causa primeira e do motivo último. Por um breve momento soube. Mas o momento passou. Restava apenas uma sombra. Algum tipo inexplicável de certeza de que havia tocado uma verdade, mas a verdade em si, ignorava. Se dominasse o próprio corpo teria suspirado, mas nem isto lhe foi permitido.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

#Vazio - Outra Manhã (21)


Não desejando transformar aquilo em um diário, optou pela terceira pessoa. O texto fluía enquanto o tempo passava. A sala estava em chamas, tomada pelas cores avermelhadas do sol poente, mas ele desprezava a fome que pedia pelo jantar. Desejava escrever. As letras escorriam de suas mãos e alimentavam o papel enquanto o ato criativo alimentava sua própria alma. Uma batida de porta em alguma sala no corredor interrompeu seu frenesi. Percebeu ter escrito mais de 20 páginas. “Deve bastar, por hoje!”. Revolveu as folhas e retornou à primeira. Encostou-se com mais conforto no leito para verificar o que produzira:

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

#Vazio - Outra Manhã (20)


Passou a imaginar se haveria qualquer conexão entre as duas realidades. Concluiu que não valeria a pena fugir do hospital e caminhar para o Leste, uma vez que não havia por ali qualquer movimento para o Oeste.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

#Vazio - Outra Manhã (19)


- Então sou um poeta?
- Começo a duvidar de que esteja levando a sério esta nossa conversa?
- Pelo contrário. Estou achando tudo isto muito interessante!
- O fato é que não se tem omeletes sem quebrar os ovos! Você é, digamos, uma criança que ignora o sabor da omelete! Eu também! A única diferença entre nós é que você está quebrando os ovos.
- Gostei disto!
- Eu também!