Decido, desde já e para sempre, que eu não amo a Lua
Sobre minha musa, que esforço faço? minha vida é tua!
Eu aprendi, quiçá inventei, que amor é esforço deliberado
O amor é escolha, ele é cuidado, é um ceder contrariado
Decido, desde já e para sempre, que eu não amo a Lua
Sobre minha musa, que esforço faço? minha vida é tua!
Eu aprendi, quiçá inventei, que amor é esforço deliberado
O amor é escolha, ele é cuidado, é um ceder contrariado
Subitamente os sons se esvaem, como se por decreto fosse
E então as certezas caem, com elas toda ilusão de posse
Sumiram todas as vaidades, também se foram os temores
Achava-se dono de verdades? Senhor de rumos e amores?
Ser em idade, aqui minha questão
Cá no meu tempo, sou todo aversão
A tudo que é meio, metade, pedaço,
Eu não tenho tempo, sou todo, eu faço.
A nde! Corra! Ande! Siga! É quase tarde.
N ão te demores onde não te querem. Veja. A vida arde.
T odos sabem. Todos fome. Tudo sede. O que te move?
O utros fogem. Outros tremem. Vem! Se renove!
O Sol pareceu nascer mais cedo, dada a claridade e o calor daquele momento. Tudo estava suavemente manchado de laranja, quase dourado, mas o astro rei ainda não era diretamente visível.
As copas das não poucas árvores dançavam sincronizadas, regidas pela suave brisa que rumava para o oeste, como se perseguisse a noite.