Muito tempo atrás, em uma
cidade esquecida por todas as histórias e lendas, um confronto ocorreu entre
dois espíritos. Uma criatura imensa, consumida por insaciável fome, enfrentou o
Sábio com sua lança. Errou. O Sábio contra-atacou com a força da palavra. A
montanha caminhou até estar logo em frente ao Sábio, embora “logo acima” fosse
o termo mais adequado. Ele arrancou a lança do chão e a partiu ao meio. O Sábio
sabia que em Navarjari a lança era símbolo da vida militar. Perder a lança era
perder a honra. Gaki estava renunciando ao seu posto. O Sábio avançou,
colocando-se entre o ex-líder da guarda da cidade e a multidão.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
O Sábio e o Hasdj – Parte 2
O soldado ficou petrificado.
Percebeu que acabava de participar de um duelo no qual havia perdido
vergonhosamente. Como se um raio o atravessasse, a imensa compreensão atingida a
partir das palavras do Sábio o sufocava. A clareza foi tamanha que quase
atingiu a dimensão física; mais um pouco e lhe teria cegado. O líder saiu do
caminho. Não houve comando, ainda assim os outros cinco, preenchidos de compreensão
equivalente à do primeiro, relaxaram e recuaram. O Sábio avançou. Naquela
altura já era grande o volume de observadores tornando impossível uma entrada
discreta.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
O Sábio e o Hasdj
Muito tempo atrás, em uma
época em que a informação não voava pelo ar e não saltava de cubos e tabuas de
luz, valorizava-se a sabedoria, a qual gotejava lentamente de um espírito para
outro em uma mágica relação na qual um vaso meio cheio, ao verter seu conteúdo
sobre um vazio, concluía o processo pleno, ao lado doutro vaso pleno. Naquele
“quando” existiu um “onde”, um vilarejo simples e pequeno, no qual floresceu um
grande espírito. “O Sábio” era como o chamavam.
Assinar:
Postagens (Atom)