Barulhento sempre foi, o tambor que o peito abrigou
Mas há algo, falta o "Oi!", e o barulho triplicou
Antes era "tum tum tum", compasso, batedor
E então, parece atum, se debate, é um terror
Barulhento sempre foi, o tambor que o peito abrigou
Mas há algo, falta o "Oi!", e o barulho triplicou
Antes era "tum tum tum", compasso, batedor
E então, parece atum, se debate, é um terror
"Filho. Deixe lá!", disse a mãe enquanto o filho corria na direção da casa em chamas.
Ao som daquele apelo ele reteve o passo, cinco metros antes da entrada. Instantes depois a casa inteira desabou. Uma onda de fumaça, cinzas e centelhas espalhou-se em um circulo crescente atingindo-lhe os olhos e os pulmões. Afastou-se do calor e das sobras da casa arrastando-se na direção da voz que o pariu.
"Não tenta!", disse, em desafio, o réu
"Lamenta!", riu o tal juiz, um fel
Quem pensa a coisa toda saber
Dispensa prematuramente o aprender
Boneca de pano, o que deu pra comprar
Mas era um mundo, alguém para amar
Agora no canto, a dona a rejeita
Menina cresceu e a vida aproveita
O ferimento na cabeça e a cascata que dali fluía turvavam os olhos e a mente, manchando o mundo com infinitos tons de vermelho. O elmo voara para longe alguns lances de golpes atrás, talvez nunca estivera ali.
Sem escudo, Vikram segurava a espada com as duas mãos, tentando manter à distância o inimigo que quase não enxergava. Não era inclinado ao uso da espada, destacando-se desde o início como lanceiro. Naquele momento nem os deuses sabiam onde a lança estava, testando-lhe com o emprego, desesperado, da espada de um estranho já abatido.
Fascinante do início ao fim, e eu respeito
Incalculável tempo para nascer, rocha moída
Recolhemos para medir tempo, ironia contida
Planeta é a palavra grega para "andarilho"
Pois, notou-se, algumas estrelas fugiam
No céu passeavam, desrespeitando o ladrilho
Sem casa fixa, seguiam como queriam
Tudo começa com uma letra, palavra, verso
E começando de um invisível átomo, se chega ao Universo
Escolhas ao acaso, depois falamos "Destino"
Mas tudo é liberdade, não há regras, estimo
Silenciosamente se levanta o Sol, a lua se deita
Sementes estocadas, frutos de outra colheita
Silo para guardar o que trará sustento
Selva de pedra, outro lugar, não tento
O movimento é inerente à vida, seja aqui, seja na ilha
Mesmo o que parece estático, em seu interior fervilha
Sangue ou seiva, algo corre, pra nutrir
Cada ente, nesse mundo a existir
Verde arde, a vida cresce, profusão
Verte a água, e assim cura a sequidão
Ver com os olhos é bom, com a alma é melhor
Verdade seja dita, se cultiva o amor
COM você a vida SOA, ANTE a inspiração
COM a urgência dos apaixonados, ou seria ilusão?
S(O)Avemente confundindo, sons e sentimentos
ANTEontem era ideia, hoje temos pavimentos
COMeçou quase sem SOM, ANTEs fosse um ruído
COMentariam qualquer dia, não havia estalido
SOAva como saudação, um "Olá" e nada mais
ANTEpasto de diálogos, o início, aliás
COMemoram, SOAm fortes, ANTEnados os poetas
COM palavras se aproximam, confissões, sempre modestas
SÓ (h)Avia o carinho, o afeto, lealdade
A (N) TÉ mesmo a semente, a ternura da amizade
COMo posso explicar? SOAria ANT(E)gonico
COMeçou a confusão, palavras , verbos, algo cômico
SÓ Agora eu entendo, o que é o coração
ANTEvia um lamento, mas percebo, é emoção
CONfundindo SÓ As vias, ANTEs poupo os destinos
COM certeza me entendes, neste jogo que sentimos
SÓ Alegra o coração, a certeza, inda fugaz
ANTEcipa uma verdade, no amor reside a paz
Li que os relacionamentos estão rasos e líquidos
Link para qualquer site se encontra, ainda assim, todos perdidos
Li que as pessoas se despedem mais rápido que nunca
Link com a fluidez, ninguém sabe o que busca
Primeiro era tudo escuro, um breu, silêncio sem fim
E como não havia tempo, não se sabe por quanto, assim
Depois um primeiro som, estrondo como um trovão
Embora não houvesse ar, do áudio a condução