“E agora?” O conflito entre
o Ímpeto Criativo e as Trevas do Compromisso era gritante. Toda a inspiração
definhou frente ao súbito acúmulo de espessas nuvens de temporal. No lugar de
trovões ecoava o “Preciso escrever algo hoje!”. Nada mais frustrante que o “Preciso”.
Por que não “Quero”? Por que não “Desejo”? Até mesmo o “preciso” valeria, se
fosse “necessidade”, não “dever”.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Oceano
Foi assim, repentino como um
espirro. Toda a existência se interrompeu. Não havia movimento, luz, trevas,
som, silêncio, tempo … Imobilizou-se. Olhar fixo num ponto. Nada de especial.
Uma mancha na parede. Umidade? mão suja? Poeira? não importava.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
O Sábio e o Chacal – Parte 2
Passara o tempo da submissão
e da solicitude; chegara a hora do Chacal morder. Mordeu a mão que o
alimentava. Não era um cão. Ignorava o conceito “lealdade”. Derrubou a
montanha. Mirou o Sábio. Vacilou. O instinto oportunista avaliava prós e contras.
Derrubar o Sábio renderia, sem dúvida, reconhecimento por parte de Hecatoma.
Por outro lado, poupá-lo seria positivo caso se instalasse a nova ordem que seu
alvo poderia trazer. O Chacal, naquele momento, era uma simples superfície, um
campo de batalha à disposição do duelo travado entre o Sábio e Hecatoma. Folha
ao sabor do vento. Retirou a tensão do arco. Baixou a flecha. Se foi a batalha
ou a guerra, não se podia saber; por ora vencia o Sábio.
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