domingo, 29 de janeiro de 2023

#Verborragia: Vizinho (parte 5)

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(No dia seguinte) nenhuma nuvem no céu; Uma manhã ensolarada, mas não exageradamente quente, como é comum no começo do outono. Beijo carinhoso de "bom dia", banho e rua. Sentavam quase sempre na mesma mesa. Julia se inclinava à diversidade de frutas, embora o "pão na chapa" fosse sagrado, além de não resistir ao bolo de cenoura; Celso abusava da diversidade de pães, frios e bolos. Os sábados no "Joãozinho" não eram ocasiões de comedimento; exageravam voluntariamente e com deleite; por isso era comum não almoçarem.

sábado, 21 de janeiro de 2023

#Verborragia: Vizinho (parte 4)

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Nenhuma nova visita, mensagem ou convite. A moça não pensava nisso, não lamentava o silêncio nem sentia saudade, apenas se sentia grata pela ausência do que provocasse sua confusão. Questionou se a ausência de sofrimento ou incômodo demonstravam o resfriamento daquilo tudo; obviamente, não queria verificar. Na sexta da pizza o casal combinou uma viagem curta no fim de semana; uma corrida ao interior, só para espairecer. Pesquisaram rapidamente e, dada a época de baixa temporada, encontraram uma pequena casa disponível para entrada naquele mesmo dia, se desejassem.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

#Verborragia: Vizinho (parte 3)

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"Mas o assunto é interessante mesmo.", confortou Celso.

Terminaram a noite rindo navegando em banalidades.
Na segunda-feira Julia levou o marido à porta, como sempre, e o acompanhou com o olhar até sumir na curva no fim da ladeira. Uns 15 minutos depois de iniciadas suas atividades a campainha tocou.  Desceu o lance de escadas sem expectativas ou preocupações; abriu a porta da sala, que dava para a garagem, distraidamente até notar, parado no portal, a fonte de todas as suas tempestades.