Silenciosamente se levanta o Sol, a lua se deita
Sementes estocadas, frutos de outra colheita
Silo para guardar o que trará sustento
Selva de pedra, outro lugar, não tento
Cismei que era possível semear, me enganei?
Seria mais provável escapar, não tentei
Cisterna, água, balde, irrigação
Celebraremos logo em breve, germinação
Sirenes e buzinas, lá o mundo é barulhento
Serenos campos, a bagunça não chega, cá na roça, nem no peito
Sistemas de informação se espalham em toda parte
Célere inquietação, me refugio na arte
Sim, compor, tocar, digitar, tudo é criação
Seria você um tolo, se destacasse o solo dessa composição
Simetria entre terra e alma, eis o segredo
Seremos inteiros quando o amor brotar, não tenha medo
Sílabas são sementes da estrofe, verso, tema
Sermões, serenatas, tudo fruto, poema
Silo em que se guarda tudo isso, a alma
Sempre infinita em receber e devolver, se acalma
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