Quem inventou a mulher não sabia o que estava fazendo
Não sei se mexeu com colher o preparo que estava vendo
Talvez tenha errado a mão, ao adicionar à mistura
Uma parte de emoção, e umas três, ou mais, de ternura
Foi aí que surgiu esse ser, de qualquer poeta, ruína
Pois já não saberia viver, separado daquela menina
Uma presença suave, embora também temporal
Se a vida fosse uma nave, ela seria a vela da nau
É sensato pensar que a vida, sem a mulher poderia seguir
Mas essa viagem de ida, seria um triste e vazio existir
Mas é dela que vem o carinho, e a cobrança que leva à labuta
E é com ela que todo o caminho, faz sentido, e também a luta
Pois é forte, e firme, é coragem, toda a moça, de 20 ou 90
E é rica a sua bagagem, ela vence em tudo o que intenta
E, veja só que ironia, certamente do homem prescinde
Pois eu sei, e você já sabia, que ela seu destino decide
E assim me retiro, agradeço, entregando à mulher o troféu
Ela é vida, e doçura, sem peso, ela tira do mundo o véu
É rainha do mundo, ela sabe, e de tudo o mais que quiser
Ela doma, ela é dona, ela cabe, e ela sabe o que é ser mulher.
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