terça-feira, 4 de março de 2025

#Verborragia: Penumbra

 Pé na terra, mãos para cima, o vento que sopra o rosto

Pensei que já entendia, o início, o meio e o resto

Pena e ave, voou pra longe, sentindo pena daquele fim

Pela via em que eu fui, eu me perdia até de mim


Pernas como colunas, que sustentam a ilusão 

Pendurou-se conforme pode, o esforço de sua mão 

Perdeu, com o tempo a força, não podia ficar pra sempre

Permaneceu e depois partiu, é tempo que vem e cumpre


Peripécia da existência, que enfrenta o encerramento 

Pediria a Deus, aos deuses, que adiem esse momento

Pensariam que estou louco, e é esse o modo do fim

Pelo qual se desdobrava, certa lenda ou algo assim 


Penumbra que chega à tarde, o dia que me fugiu 

Penumbra é véu suave, e tudo ela encobriu

Penumbra vem e abarca, beleza ela assumiu 

Penumbra, lugar sagrado, de tudo o que existiu

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