Pé na terra, mãos para cima, o vento que sopra o rosto
Pensei que já entendia, o início, o meio e o resto
Pena e ave, voou pra longe, sentindo pena daquele fim
Pela via em que eu fui, eu me perdia até de mim
Pernas como colunas, que sustentam a ilusão
Pendurou-se conforme pode, o esforço de sua mão
Perdeu, com o tempo a força, não podia ficar pra sempre
Permaneceu e depois partiu, é tempo que vem e cumpre
Peripécia da existência, que enfrenta o encerramento
Pediria a Deus, aos deuses, que adiem esse momento
Pensariam que estou louco, e é esse o modo do fim
Pelo qual se desdobrava, certa lenda ou algo assim
Penumbra que chega à tarde, o dia que me fugiu
Penumbra é véu suave, e tudo ela encobriu
Penumbra vem e abarca, beleza ela assumiu
Penumbra, lugar sagrado, de tudo o que existiu
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