domingo, 24 de novembro de 2024

Rios do Tempo

 Eu não tenho mais motivo para temer a segunda

Bem como ânsia da sexta não mais me consome

Ainda assim o apego ao domingo me inunda

Vontade de um dia eterno não some


Sentimento que não sei explicar, é apego

Queria o tempo parar, eu não nego

Me agarro a cada instante, e espremo

O tempo que se faz distante, é extremo


Escrevo para confessar o que sinto

Não sofro, eu não vou chorar, é instinto

Vontade do "agora" prender, é o que quero

Mas logo vai amanhecer, eu espero


Mas se verto minha alma em papel, eu me acalmo

A tinta que adoça esse fel, é meu alvo

As pazes com o tempo eu fiz, ele é rio

Se parasse era morte infeliz, eu sorrio.

Um comentário:

  1. Muito bom!! E sim , eu também gostaria de parar o domingo como também gosto de querer parar o mês de dezembro:)

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